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Natural de Fortaleza, habilitado profissionalmente em processamento de dados e estatística, graduado em Direito pela Universidade Federal do Ceará após atuar no Escritório Modelo da Faculdade de Direito do Ceará. Especialista em Direito Penal e Criminologia pela Universidade Regional do Cariri, membro da comissão do concurso do Poder Judiciário realizado na comarca de Assaré e inscrito na OAB/CE. Aprovado em concurso para o cargo de técnico processual do MP da União; Defensor Público do Ceará; Promotor de Justiça do Piauí; Ministério Público Federal e Academia Cearense de Retórica. É radialista com licenciatura em História pela Universidade Regional do Cariri e com Curso de Inteligência na ABIN/DF. Aprovado em 2° lugar no concurso para o cargo de professor do curso de Direito da URCA e desde agosto de 1999 é Promotor de Justiça de Juazeiro do Norte, sendo agraciado pela Câmara Municipal com o título de cidadão juazeirense. Foi indicado em 2008 para compor a lista de indicados ao cargo de Ministro do STJ, sendo condecorado em 2011 com a “Medalha do Mérito Policial Militar” maior comenda da Polícia Militar do Estado do Ceará, concedida por Decreto Governamental.

sábado, 14 de março de 2009

Escolas de SP determinam regras para namoro entre alunos

Beijo 'selinho' e abraços fortes são proibidos na maioria dos colégios. Estudantes reclamam, mas dizem compreender medidas.
Gabriela e Marcio namoram durante o intervalo de aula no Colégio Dante Alighieri. Eles dizem dar selinhos quando os vigias não estão olhando. Namorados desde novembro, os colegas de classe Gabriela Schmidt e Marcio Saurin, ambos de 17 anos, já aprenderam a driblar os inspetores da escola onde cursam o 3º ano do ensino médio para dar um beijo "selinho” de vez em quando. No Dante Alighieri, nos Jardins, onde estudam, casais podem ficar de mãos dadas, mas devem evitar outras demonstrações de carinho mais ousadas. Ficar de mãos dadas e conversando de pertinho é o comportamento que a maioria dos colégios privados de São Paulo permite. Algumas Instituições tradicionais da cidade aceitam o namoro, mas determinam regras rígidas e mantêm fiscalização intensa. Os jovens reclamam da fiscalização, mas dizem que compreendem os motivos. Mesmo assim, arrumam formas de driblar os vigias. “Olhamos para ver se não tem vigia por perto e damos um 'selinho' às vezes”, conta a garota. O namorado diz que nos lugares onde circulam crianças os fiscais pegam mais no pé. “Não acho legal, mas se eu fosse pai não gostaria de ver um casal se agarrando perto do meu filho”, diz Marcio. Já as mães de Marcio e Gabriela aprovam os limites impostos pelo colégio. “Acho que lá dentro tem que ser mais companheirismo e não ficar se beijando, se agarrando”, diz a agente de viagens Maria José Schmidt, de 46 anos, mãe da garota. “Em primeiro lugar está o estudo e, depois, o namoro”, afirma a mãe de Marcio, a comerciante Maria Leonor Saurin, de 52 anos.
Os alunos Marina Magalhães e Henrique Carretti, ambos de 16 anos, não precisam se esconder, pois o Sion, em Higienópolis, onde estudam, permite abraços e beijos, mas sem exageros. “Podemos namorar, mas sabendo que estamos numa escola”, diz ela. Marina e Henrique costumam namorar na escola durantes os intervalos de aula. Henrique acha que é pior proibir. “As escolas que proíbem muito levam os alunos a transgredirem”, avalia. No intervalo, o casal fica na sala, no corredor ou no pátio. Na hora da aula eles garantem que agem como colegas. “Nós separamos bem, não nos distraímos”, diz Henrique. Os orientadores educacionais afirmam ver o namoro como algo natural na adolescência e dizem tentar estabelecer um limite que não atrapalhe o funcionamento da escola e não gere constrangimento. “Nós explicamos a diferença entre o público e o privado e que é preciso respeito ao coletivo”, diz a orientadora educacional Maria América Cabral, que trabalha com cerca de 800 alunos do Colégio Visconde de Porto Seguro, no Morumbi, Zona Sul. “Escola é um ambiente pedagógico. O namoro é algo extremamente natural, mas é preciso respeitar o limite da instituição, do local público”, afirma Silvana Leporace, coordenadora do serviço de orientação educacional do Dante Alighieri. Dos colégios consultados, o Sion, em Higienópolis, na região central, e o Bandeirantes, no Paraíso, Zona Sul, são os mais flexíveis. “Só não pode um beijo exagerado, um amasso maior que deixe as outras pessoas encabuladas”, explica a orientadora educacional do ensino médio do Sion, Ana Letícia Moliterno. “Trabalhamos com o bom senso dos alunos, pois o namoro é algo natural, uma fase gostosa da vida deles”, diz a orientadora.
Já no Bandeirantes, alunos de 5ª a 8ª série têm uma aula por semana da disciplina que aborda temas como o namoro, o ficar, orientação sexual e drogas. Todos os colégios proíbem que casais namorem na sala de aula para não atrapalhar o professor e os colegas. No Porto Seguro, um aluno já pediu para mudar de sala porque achou que estava se prejudicando nos estudos por ficar na mesma turma que a namorada. Ele mudou de sala, mas o namoro continuou.